Volta ao passado
Seleção Brasileira decide contra o México o título da Copa das Confederações no mesmo estádio onde se sagrou tricampeã mundial, em 1970


Cidade do México — O fascínio mexicano pelo futebol tetracampeão do mundo terá uma noite de exceção. A Seleção Brasileira enfrenta os donos da casa hoje, às 23h (horário de Brasília), no Estádio Azteca (Cidade do México), na decisão da Copa das Confederações, que reúne os campeões de cada continente.

  Não há mais ingressos disponíveis e a expectativa é de que mais de 110 mil torcedores incentivem a equipe anfitriã. O empate forçará uma prorrogação de 30 minutos, com morte súbita. Se nenhum time marcar, a disputa será nos pênaltis.

  O técnico Wanderley Luxemburgo vai escalar um meio-campo que se caracteriza mais pela marcação. Com estiramento na coxa, Evanílson está fora. Flávio Conceição foi deslocado para a lateral-direita e Beto entra no meio, compondo o setor com Emerson, Vampeta e Zé Roberto. Na frente, Alex faz a dupla com Ronaldinho. Christian está barrado.

  A opção por Beto é devido à sua eficiência na marcação e no apoio. A tal versatilidade que Luxemburgo tanto prioriza. ‘‘É útil para o treinador ter um meia que exerça essa dupla função. Já joguei como segundo e terceiro homem do meio-campo’’, lembra Beto, que costuma dar sorte em partidas decisivas pela Seleção: no Pré-Olímpico de 1995, ele fez gol na semifinal e na final, contra a Argentina, com o Brasil ficando com o título.

  O Estádio Azteca tem uma relação estreita com o futebol brasileiro. Ele foi o palco da final da Copa de 70, quando a Seleção sagrou-se tricampeã mundial. Dos 20 jogadores do atual time de Luxemburgo, nenhum era nascido naquele ano. O mais velho do grupo é o lateral Serginho, de 28 anos.

  O treinador não vê um glamour especial por atuar no legendário estádio. ‘‘Não muda nada. A única coisa diferente é que vou conhecer o Azteca. O Brasil tem de ganhar não por causa do passado’’, alerta.

  Mas para Ronaldinho Gaúcho, o Azteca tem algo de especial. Lá se notabilizou seu maior ídolo. ‘‘Rivelino é o meu grande ídolo e em 70 ele foi um dos destaques’’, elogiou o atacante.

  A altitude de 2.300 metros acima do nível do mar não preocupa a comissão técnica, que vem evitando o assunto com os jogadores para eles não criarem uma expectativa negativa. Tampouco a pressão do caldeirão Azteca abala a confiança na conquista do título, que seria o segundo da Era Luxemburgo — há menos de um mês, a equipe foi campeã da Copa América, no Paraguai.

MÉXICO

Campos; Carmona, Suárez, Márquez e Pardo; Terrazas, Torrado, Villa e Ramírez; Abundis e Blanco
Técnico: Manuel Lapuente

BRASIL

Dida; Flávio Conceição, Odvan, João Carlos e Serginho; Emerson, Vampeta, Beto e Zé Roberto; Ronaldinho e Alex
Técnico: Wanderley Luxemburgo

Local: Estádio Azteca (Cidade do México) Horário: 23h (horário de Brasília)
Árbitro: Anders Frik (Suécia)

Da Agência Lance





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