Os 18 de Luxemburgo

Técnico da Seleção convoca grupo de qualidade e com várias opções táticas para estréia nas eliminatórias

Depois de 39 jogos, entre amistosos e competições oficiais, o técnico Wanderley Luxemburgo convocou os 18 atletas que terão a responsabilidade de representar a Seleção Brasileira na primeira - e verdadeira - grande prova de fogo após a derrota para a França por 3 x 0, na final do Mundial de 98, no estádio Saint Dennis. O time que entrará em campo para a estréia nas Eliminatórias, contra a Colômbia, no dia 28, foi formado depois de quase 80 jogadores testados.

Uns deixaram de estar presentes devido a contusões, como os atacantes Ronaldo e Amoroso, e podem voltar nos outros jogos da competição. Outros, como Romário, Edílson, Marcelinho Carioca, Djalminha e, mais recentemente, Denílson, bateram de frente com o vaidoso Luxemburgo e já não dependem apenas do que fizerem em campo para voltar à Seleção.

O elenco chamado para o primeiro jogo das Eliminatórias é, de uma forma geral, de qualidade e com opções táticas suficientes para arrancar um bom resultado em Bogotá.

Luxa tenta justificar a não convocação alegando que deseja renovar o grupo, ao mesmo tempo em que convoca o zagueiro Aldair, que até despedida da Seleção já havia feito. Outra contradição do treinador é que, do grupo campeão do Pré-Olímpico, apenas três atletas foram lembrados: Athyrson, Alex e Ronaldinho.

DIDA - Uma das unanimidades da Seleção. As atuações no Brasileirão, defendendo o Corinthians, e na Copa América, no ano passado, credenciam o goleirão como, indiscutivelmente, o melhor da posição no País. É um excelente pegador de pênaltis.

MARCOS - Teve uma excelente fase logo após assumir a camisa 1 do Palmeiras. Foi convocado para Seleção na Copa América, devido a uma contusão de Carlos Germano, e depois passou a farrapar em alguns jogos do seu clube. É frio e tem ótima colocação.

CAFU - As 109 convocações para a Canarinha dizem tudo. Pela escassez na lateral-direita, ele é um dos titulares absolutos do time de Luxemburgo, devendo inclusive estar na equipe olímpica. Nos últimos anos, passou a líder da Seleção e assumiu a braçadeira de capitãocom Luxa.

EVANÍLSON - Vem sendo trabalhado para ser o sucessor de Cafu. Depois de duas boas atuações contra a Holanda, na época em que defendia o Cruzeiro, viu o seu passe passar de R$ 450 mil para quase US$ 5 milhões, valor pago pelo Borussia Dortmund. Vem agradando na Bundesliga.

ROBERTO CARLOS - É o preferido de Luxemburgo disparado. Se preocupar-se apenas em jogar futebol, tem bola suficiente para ajudar e muito o Brasil rumo a mais uma Copa.Enfrentou problemas com a torcida desde a Copa da França, que o acusou de mascarado. Está em boa fase na Espanha.

ATHIRSON - O bom lateral foi um destaques na Seleção pré-olímpica, mas só porque o fraco Fábio Aurélio se machucou e Luxemburgo não teve outra alternativa. Se Roberto Carlos voltar a cair de rendimento, pode virar titular. Até porque Athirson vem jogando muita bola no Flamengo.

ANTÔNIO CARLOS - Depois de um bom tempo afastado da Seleção, ele voltou a ter chances com Luxemburgo e é titular absoluto. A briga é para saber quem será o seu companheiro, caso a Canarinha garanta classificação para o Mundial. É experiente, mas briga para disputar primeira Copa.

ALDAIR - Veterano da Copa de 90, depois de anunciar que já havia dado o que podia à Seleção e ser homenageado pela CBF com um jogo de despedida, teve o seu nome em mais uma lista de convocação. Surpresa geral, menos para Luxa, que aposta no entrosamento com Antônio Carlos.

ROQUE JÚNIOR - Bem cotado junto a Luxemburgo. É o zagueiro-zagueiro, termo que o técnico da Seleção usou para designar o vascaíno Odvan, antes do próprio se queimar pelas suas deficiências técnicas. Tem raça, mas não é nulo tecnicamente e também é perigoso no ataque.

ÉMERSON - Desde a Copa da França, quando foi convocado após o corte de Romário, entrou na equipe e não saiu mais. Um verdadeiro trator na marcação, ainda chega com eficiência ao ataque. É titular absoluto e um dos jogadores mais admirados pelo técnico, por sua conduta tática.

VAMPETA - De jogador símbolo da era Luxemburgo, como o volante que marca e sai para o jogo, enfrentou problemas com o treinador, contundiu-se e ficou de fora em algumas convocações. Mas pode voltar a ser titular se esquecer as más atuações que andou tendo no Corinthians.

ZÉ ROBERTO - Outro remanescente da Copa de 98, caiu nas graças do técnico por ser polivalente e bastante aplicado taticamente. Dificilmente não estará no time que estréia nas Eliminatórias, contra a Colômbia, já que começou jogando nos últimos amistosos.

JUNINHO - O pernambucano pode ser o meia ofensivo destro que falta à Seleção. Ainda não teve uma grande atuação com a camisa amarelinha e deve esperar por uma chance no banco de reservas. Aplicado na marcação, pode aparecer no time como segundo volante.

RIVALDO - Por não viver fazendo caras e bocas para a mídia, teve que ralar muito para ser reconhecido. Como melhor do mundo, o também pernambucano é dono absoluto da camisa 10 da Seleção. É o craque do time de Luxemburgo, que aposta em seu talento para resolver jogos complicados.

ALEX - Craque e líder da Seleção olímpica, entrou na briga por umavaga no meio-de-campo de Luxemburgo. Como mais um canhoto (o outro é Rivaldo), pode não ganhar a vaga de imediato. É a melhor opção para um esquema ofensivo e logo, logo, deve fazer dupla com Rivaldo no meio.

RONALDINHO - Outro destaque no Pré-Olímpico, o craque do Grêmio tem lugar garantido no ataque de Luxemburgo. Vem se revelando um goleador efetivo. É o jogador com maior ascenção no futebol mundial e o seu passe já beira a casa dos US$ 80 milhões

ÉLBER - Era um dos preferidos para ser o companheiro de Ronaldo no ataque. Mas à exemplo do jogador da Internazionale, também se contundiu e desde a sua volta à equipe não repetiu as boas atuações. Vem em boa fase no embalado Bayer de Munique, da Alemanha.

JARDEL - O artilheiro do Porto nunca conseguiu jogar uma partida completa com a camisa amarelinha e está na sombra de Élber para conseguir mostrar que pode ser jogador de Seleção. Excelente opção de jogo-aéreo, pode aparecer se o time se complicar contra algum adversário.

Courtesia Carlos Lopes da equipe do diario via Baquette


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