Luxemburgo perde poder na Seleção


Teresópolis/RJ – A ingerência da diretoria da CBF nos trabalhos da comissão técnica da Seleção Brasileira, que culminou com a ordem de liberação de alguns jogadores para as rodadas de ontem pela Copa do Brasil, deixou claro que o técnico Wanderley Luxemburgo não goza maisde plenos poderes como outrora. Foi a primeira vez que a quebra de autonomia do treinador chegou ao conhecimento público.

A determinação de adiar por um dia a apresentação de quatro jogadores foi do presidente interino da CBF, Alfredo Nunes, e do secretário-geral da entidade, Marco Antonio Teixeira. Na noite anterior, o presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio (Ferj), Eduardo Viana, o Caixa D’Água, esteve com Nunes para pressioná-lo, em nome do vice-presidente do Vasco, Eurico Miranda, que não aceitava enfrentar o Fluminense, ontem, sem a presença de Edmundo.

Luxemburgo teve de aceitar, a contragosto, a liberação do Animal, Athirson, Cláudio Caçapa e Émerson, da Portuguesa. No final de abril, o técnico foi enfático ao afirmar que não abriria mão de ter todos os jogadores à sua disposição durante os treinos para partidas válidas pelas

Eliminatórias para o Mundial de 2002. Por causa de sua posição firme, Luxemburgo viveu grande desgaste com dirigentes do Flamengo e do Grêmio, inconformados com a não-liberação de Athirson e Ronaldinho do primeiro dia de treinos da Seleção para o jogo com o Equador, no Morumbi. Na oportunidade, ele chegou a assegurar que a palavra da comissão técnica (ou seja, a sua) era a definitiva.

Ontem, o treinador admitiu que mudou de opinião depois de uma reunião entre a “comissão técnica e a diretoria da CBF” e acrescentou que “não houve pressão, houve conversa”.


Source - Baguette


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