Depois de silenciar o Maracanã no domingo, ao empatar em 0 a 0 com o Botafogo, o Juventude voltou ontem ao Rio Grande do Sul, trazendo o título de campeão da Copa do Brasil de 1999. Então, foi a vez da festa, das carreatas e do foguetório. Primeiro em Porto Alegre, onde a delegação desembarcou no aeroporto Salgado Filho, às 14h, sendo recebida por algumas dezenas de torcedores. O grupo desfilou pela cidade, sendo aplaudido por pedestres e motoristas ao longo do caminho do aeroporto até o Palácio Piratini, onde foram homenageados pelo governador Olívio Dutra. Em seguida, os jogadores e os dirigentes do clube caxiense foram recebidos pelo presidente da Assembléia Legislativa, Paulo Odone.
Após sair da Capital, o Juventude seguiu direto para Caxias do Sul, onde milhares de torcedores aguardavam os campeões. Na entrada da cidade, uma imensa fila de carros, que originou um longo engarrafamento. Mas ninguém reclamou. Todos queriam comemorar o título nacional. No estádio Alfredo Jaconi, à noite, foram espocados mais de 60 mil fogos de artifício. A torcida foi brindada com a distribuição gratuita de 5 mil litros de chope.
Ainda em Porto Alegre, o presidente do Juventude, Milton Scola, afirmou que, a partir de hoje, quando o clube comemora 86 anos, já estará pensando nos reforços para a disputa do Brasileirão, que se inicia no final do mês. 'Mas claro que já vamos começar a planejar a Libertadores, que disputaremos no ano 2000', salientou o dirigente.
O técnico Walmir Louruz, por sua vez, pediu para não falar sobre possíveis propostas de outros clubes. 'No momento, só quero comemorar com a minha família', desabafou. 'Hoje sou herói, mas se amanhã o time perde duas partidas seguidas, todos pedirão minha cabeça', ressaltou.
O goleiro Émerson garantiu que ainda não pensa sobre uma possível volta para o Grêmio, dono do seu passe, no final do ano. 'Primeiro, quero fazer um bom Brasileiro.' O capitão Flávio revelou que adiará a decisão de abandonar a carreira para disputar a Libertadores pelo Juventude.
