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Treinador surpreende na nova convocação

A surpresa da convocação da seleção brasileira não foi a permanência de Ronaldo, do Internazionale, ou mais uma vez o esquecimento de Romário. O que chamou a atenção foi a presença de três jogadores do futebol carioca: o lateral Paulo César, do Fluminense; Juninho, do Flamengo; e Euller, do Vasco.

Os três, assim como os demais jogadores relacionados para o amistoso contra Portugal, dia 17, em Lisboa, são nomes praticamente certos para a Copa do Mundo da Coréia do Sul e do Japão.

O técnico Luiz Felipe Scolari considera os três jogadores muito importantes. Revelou sua simpatia por Paulo César, mas quando lhe perguntaram se o jogador do Fluminense havia sido convocado em razão da sua versatilidade, ele procurou desconversar:

— Realmente, Paulo César joga nos dois lados, mas o Belletti também é versátil. Ele atua na lateral direita, mas sabe jogar como volante.

E lembrou:

— Paulo César mostrou qualidades nos três jogos em que foi chamado. Contra a Bolívia, em Goiânia, a Islândia, em Cuiabá, e no amistoso contra Arábia Saudita, em Ryad.

O lateral tricolor estava eufórico com a convocação. Ele não esperava ser lembrado. Nem o problema no joelho direito parecia intimidá-lo.

— Foi a convocação que eu menos esperei e a em que eu mais vibrei — disse.

O fato de Belletti não estar bem, tanto que tem ficado no banco do São Paulo, não faz Paulo César baixar a guarda.

— Não posso ficar pensando nele, tenho que pensar em mim. É uma disputa de amigos e sei que ele tem a vantagem de ter tido uma convivência maior com o Felipão, foi um cara que ajudou muito nas eliminatórias e isso tem um peso importante — explicou.

Juninho denuncia lobby contra sua convocação

Para o técnico, os três jogadores que atuam nos clubes do Rio mostraram muitas qualidades e mereceram a lembrança para o jogo contra Portugal, por sinal, o teste mais difícil da era Felipão.

Juninho, que está em Assunção, onde amanhã o Flamengo enfrentará o Olimpia, despedindo-se da Taça Libertadores da América, vibrou com a convocação. Mas ao mesmo tempo em que revelou sua alegria, Juninho protestou veementemente contra um suposto lobby para tirá-lo da seleção brasileira:

— Não estou falando dos pedidos para a convocação do Romário. Estou falando de notícias que a gente lê, onde está sempre o nome do Juninho para ser descartado, e isso é ruim, né? — reclamou o jogador do Flamengo.

Mas, ontem, ao anunciar a convocação dos jogadores que atuam no Brasil, Luiz Felipe Scolari fez muitos elogios a Juninho. Quando lhe perguntaram se a presença do apoiador rubro-negro implicava no afastamento de Kaká, o técnico respondeu:

— Não é que o Juninho leve vantagem sobre Kaká, mas ele tem mostrado desempenho diferente e me dá mais opções de jogadas. Kaká tem característica iguais às de Djalminha, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo.

Juninho não está cotado para fazer parte da equipe titular, mas não há razão para estar preocupado com supostas campanhas contra sua convocação para a Copa do Mundo. Pelo que se viu ontem, ele está praticamente assegurado no grupo que será inscrito na Fifa dez dias antes do Mundial. É inclusive uma das principais peças de Scolari.

Kaká também não se considera descartado da Copa do Mundo e tem esperanças.

— O fato de não ter sido convocado é mais um motivo para me esforçar ao máximo para mostrar que posso estar entre os 22 jogadores que vão à Copa. Não me considero carta fora do baralho — disse o apoiador do São Paulo.

Felipão elogia Euller e o considera importante

Quem também mereceu elogios foi o atacante Euller. E embora seja um jogador driblador e que gosta das jogadas de linha de fundo, Felipão disse que o atacante do Vasco não fica com sua situação ameaçada pelo fato de Denílson ter características bem parecidas com as suas.

— São jogadores que atuam pelos lados do campo e que fazem isso muito bem. Euller marca a saída de bola e isso é importante. Quando foi para o Betis, Denílson só queria saber de atacar, mas agora é um jogador que marca o lateral adversário e tem jogos em que a gente pode vê-lo marcando na sua própria área, sem, no entanto, deixar de atacar.

Quando perguntaram a Felipão se a seleção brasileira poderia atuar com os dois atacantes ao mesmo tempo, um em cada ponta, como acontecia antigamente, o técnico não pareceu se empolgar. Mas Felipão não descartou totalmente, lembrando que tudo depende da situação da partida e da forma como o adversário se comportar.

 
Source: O'Globo \ Antonio Maria Filhoe Ary Cunha



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