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Brasil tenta embalar na Argentina

É a chance de a seleção mostrar um futebol mais
convincente na caminhada rumo à Copa

BUENOS AIRES - A expressão "pátria de chuteiras" cabe bem ao confronto desta noite entre Argentina e Brasil, às 20 horas, no Estádio Monumental de Nuñez, pela 15.ª rodada das eliminatórias sul-americanas da Copa do Mundo. O maior clássico do continente é considerado pelos brasileiros a chance de embalar rumo ao Mundial. O Brasil é o quarto colocado, com 24 pontos.

Para os argentinos, já classificados com 35 pontos, "a seleção é um dos poucos, senão o único motivo de orgulho de um país mergulhado numa séria crise econômica", segundo definiu o lateral Zanetti, repetindo o discurso da maioria de seus companheiros.

A importância do superclássico - como definem os argentinos - é tamanha que o juiz federal Rodolfo Canicoba Corral interveio na noite de segunda-feira e intimou o Comitê Federal de Radiodifusão, a Secretaria de Comunicações, a Associação de Futebol Argentino (AFA) e a empresa Torneos y Competencias a permitir que o jogo seja transmitido ao vivo para todo o país em TV aberta.

O Canal 13 transmitirá para Buenos Aires e o Canal 7, para o restante do país. Até a partida passada, contra o Equador, assistir ao maior orgulho nacional era privilégio de quem possuísse TV por assinatura, algo cada vez mais escasso em meio à crise econômica.

A população apoiou a medida justa por considerar que a seleção é parte da cultura nacional e não pode ficar restrita a poucos espectadores. Os 55 mil lugares do Estádio Monumental de   Nuñez, do River Plate, estarão tomados no superclássico. Os ingressos se esgotaram na semana passada e quem comprou chegou a pagar, na bilheteria, a preço oficial, até 80 pesos (R$ 200,00) por uma entrada de cadeira.

Retrospecto - O clima de rivalidade de brasileiros e argentinos é insuperável. O clássico foi disputado pela primeira vez no dia 20 de setembro de 1914. Por ironia, o jogo foi um amistoso e os argentinos venceram por 3 a 0. O equilíbrio nos confrontos, desde então, é total. Nesses 87 anos, Brasil e Argentina enfrentaram-se 85 vezes. O Brasil venceu 32 vezes e os argentinos, 31. Houve 22 empates.

O Brasil marcou 128 gols e os argentinos, 137. No último jogo, no dia 26 de julho de 2000, no Morumbi, a seleção venceu por 3 a 1, na melhor apresentação do time nas atuais eliminatórias. O técnico ainda era Wanderley Luxemburgo. Foi a única derrota da seleção de Marcelo Bielsa na atual seletiva para a Copa.

Para o time de Luiz Felipe Scolari, uma vitória praticamente garantirá vaga na Copa do Mundo de 2002. Isso porque a equipe terá mais três jogos - Chile, Bolívia e Venezuela - para somar apenas mais quatro pontos e não depender de nenhum outro resultado para ir ao Mundial do Japão e da Coréia do Sul. Como um empate será muito bem-vindo nas circunstâncias, Scolari escalou um time cauteloso, com três zagueiros (Lúcio, Roque Júnior e Cris) e dois volantes (Mauro Silva e Eduardo Costa).

Baixa - Os argentinos, que não contam com o meia Verón, suspenso, sofreram uma segunda baixa, e de última hora. O lateral-esquerdo Sorín sofreu contusão na coxa direita e não deverá atuar.

Cláudio López entra no ataque e o meia-atacante González vai ocupar o lugar de Sórin.

O lateral estava animado para enfrentar o time de Scolari e na única entrevista concedida pelo time antes do jogo, há dois dias, o jogador do Cruzeiro explicou as diferenças entre o futebol brasileiro e o argentino.

"No Brasil, os jogadores são muito técnicos. Na Argentina, também temos técnica, mas nos destacamos pela garra", avaliou Sorín. É esse o clima que deve prevalecer no jogo desta noite.


Source: Robert Bascchera :Estado.com / Baguette



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